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Description Se na Luz o Benfica é asfixiante, confiante e vistoso, fora do «ninho» tem sido uma equipa apática e algo insegura nos últimos tempos. Foi assim em Paços de Ferreira, Alvalade, Moreira de Cónegos, Arouca ou Vila do Conde. Exibições a preto e branco, sem grande vivacidade, tal como agora no Restelo. Valeu a categoria de Jonas, com mais um «bis», a garantir um triunfo pragmático do Benfica.
E por estes dias, mais do que nunca, é isso que conta. Na Liga avançam as «finais» que tudo decidem, e a equipa de Jorge Jesus conservou os três pontos de vantagem para o clássico com o FC Porto.
Um brinde a abrir
Andava a bola cá e lá, de cabeça para cabeça, num início de jogo atabalhoado, quando Pelé decidiu «arrumar a casa» da pior maneira. Ventura ainda evitou que o mau passe do colega de equipa isolasse Lima, mas o corte do guarda-redes foi logo deixar a bola nos pés de Jonas, que não desperdiçou o brinde.
O Benfica chegou à vantagem logo ao sexto minuto, mas depois encostou-se demasiado a esse conforto. Mérito também do Belenenses, claro, que se mostrou coeso e positivamente agressivo, e que correu em busca do prejuízo madrugador.
A dupla ocasião de perigo criada pela equipa da casa ao minuto 17, por João Afonso e Sturgeon, respetivamente, serviu de mote para um período em que o Belenenses conseguiu superiorizar-se. Ao comando da nau azul esteve sempre Carlos Martins, que logo a seguir assustou Júlio César com um livre direto que obrigou o guarda-redes brasileiro a aplicar-se (23m).
O Benfica reagiu perto da meia-hora, mas de forma pouco sustentada. Primeiro com uma bela combinação entre Jonas, Lima e Gaitán, mas o remate do argentino nem chegou à baliza, intercetado por Palmeira. Pouco depois, num livre de Gaitán apontado a Luisão, Ventura também não chegou a ser testado, já que o central brasileiro falhou o cabeceamento.
A reação do Belenenses quebrou um pouco nos instantes finais da primeira parte, mas ao minuto 36 ainda ficou a reclamar duplamente uma grande penalidade. No lance entre Luisão e Sturgeon fica a ideia de que não existe qualquer falta, mas a disputa entre Eliseu e João Meira deixa algumas dúvidas.
O detonador da esperança azul
No início do segundo tempo a equipa orientada por Jorge Simão continuou à procura do empate, a dividir o jogo com o Benfica, mas com menos acutilância ofensiva do que no primeiro tempo. As ocasiões de perigo estiveram mais centradas na meia-distância de Carlos Martins, mas com a pontaria ligeiramente desalinhada (51 e 53m).
Sem nada fazer para o justificar, na verdade, o Benfica aumentou a vantagem ao minuto 60. O cruzamento de Gaitán merece elogios, mas foi a eficácia de Jonas, ao segundo poste, que voltou a deixar marca.
JONAS, DOS 6 AOS 60
O segundo golo, novamente apontado pelo «Detonador», eliminou as esperanças azuis e permitiu ao Benfica gerir o encontro de outra maneira, a ponto de Jorge Jesus ter tirado Jonas e Samaris, dois dos três jogadores que estavam em risco de falhar o clássico com o FC Porto (o outro era Salvio, que nem no banco se sentou).
O Belenenses ainda teve uma soberana ocasião ao minuto 90, mas Júlio César negou a Dálcio um golo que a equipa da casa, feitas as contas, fez por merecer.
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